Sintomas da Sífilis: Quais são os sintomas de sífilis e como ela pode afetar uma gravidez
Sintomas da Sífilis: Quais são os sintomas de sífilis e como ela pode afetar uma gravidez; Saiba como se prevenir e quais cuidados tomar durante a gestação.
A sífilis afeta um milhão de gestantes por ano em todo o mundo, levando a mais de 300 mil mortes fetais e neonatais e colocando em risco de morte prematura mais de 200 mil crianças. Na América Latina e Caribe, estima-se que entre 166.000 e 344.000 crianças nasçam com sífilis congênita anualmente (Boletim Epidemiológico da Sífilis, 2019).
Sífilis: Infecção Sexualmente Transmissível (IST) de caráter sistêmico, curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum.
Sua transmissão ocorre predominantemente por via sexual, contudo, pode ser transmitida verticalmente para a criança, nos casos de gestantes sem tratamento ou tratadas inadequadamente, em qualquer fase da gestação. A transmissão vertical (TV) acontece mais frequentemente intraútero, embora também possa ocorrer durante a passagem do feto pelo canal do parto, se houver a presença de lesão ativa.
O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno e adequado da sífilis nas gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal são determinantes na redução da morbimortalidade associada à transmissão vertical.
Sífilis durante a gravidez
- A sífilis pode prejudicar o bebê, pois a grávida não faz o tratamento há um grande risco do bebê pegar sífilis através da placenta (Sífilis congênita), podendo desenvolver graves problemas de saúde como surdez, cegueira, problemas neurológicos e nos ossos.
- Teste rápido para sífilis nas UBS = Tratamento precoce.
O que é? E quais sintomas?
A sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum. Quando não tratada adequadamente, a doença pode se espalhar por diversos tecidos do corpo, provocando graves lesões de orgãos, incluindo o coração e o sistema nervoso central.
A sífilis é uma doença que costuma ser transmitida pela via sexual nos adultos e através da placenta nos fetos. As manifestações clínicas que a bactéria Treponema pallidum provoca nos adultos são bem diferentes daquelas que surgem nos fetos e nas crianças infectadas.
Sífilis primária: ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (vulva, vagina, pênis, colo uterino, ânus, boca ou outro local da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias. Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
Sífilis secundária: os sinais e sintomas aparecem entre 6 semanas e 6 meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias. Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.
Sífilis latente: fase assintomática (quando o paciente é portador da infecção, mas não apresenta sinal e/ou sintomas). É dividida em sífilis latente recente (até um ano de infecção) e sífilis latente tardia (mais de um ano de infecção). Sabe-se que a maioria dos diagnósticos ocorrem nesse estágio, sendo realizado exclusivamente por meio dos testes treponêmicos e não treponêmicos.
Sífilis terciária: pode surgir de 2 a 40 anos depois do início da infecção. Costuma apresentar sintomas como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
Sífilis Congênita
É uma doença transmitida da mãe com sífilis não tratada ou tratada de forma não adequada para criança durante a gestação (transmissão vertical). Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado for positivo (reagente), tratar corretamente a mulher e sua parceria sexual, para evitar a transmissão.
Recomenda-se que a gestante seja testada pelo menos em três momentos:
- Primeiro trimestre de gestação;
- Terceiro trimestre de gestação;
- Momento do parto ou em casos de aborto.
SINAIS E SINTOMAS
A maior parte dos bebês com sífilis congênita não apresentam sintomas ao nascimento. No entanto, as manifestações clínicas podem surgir nos primeiros três meses, durante ou após os dois anos de vida da criança. São complicações da doença: abortamento espontâneo, parto prematuro, malformação do feto, surdez, cegueira, alterações ósseas, deficiência mental e/ou morte ao nascer.
CUIDADOS COM A CRIANÇA EXPOSTA
Todas as crianças expostas à sífilis de mães que não foram tratadas, ou que receberam tratamento não adequado, são submetidas a diversas intervenções, que incluem: coleta de amostras de sangue, avaliação neurológica (incluindo punção lombar), raio-X de ossos longos, avaliação oftalmológica e audiológica. Muitas vezes há necessidade de internação hospitalar prolongada.
As crianças expostas à sífilis de mães que foram adequadamente tratadas durante a gestação também devem ser cuidadosamente avaliadas, para descartar a possibilidade de sífilis congênita.
A investigação de sífilis congênita deve acontecer na hora do parto, mas também no acompanhamento dessas crianças nas consultas, com realização de testes.
DIAGNÓSTICO
Deve-se avaliar a história clínico-epidemiológica da mãe, o exame físico da criança e os resultados dos testes, incluindo os exames radiológicos e laboratoriais.
TRATAMENTO
O tratamento da sífilis congênita é realizado com penicilina cristalina ou procaína, durante 10 dias.
PREVENÇÃO
A prevenção da sífilis congênita é realizada por meio de pré-natal adequado e com qualidade. É fundamental que o teste para sífilis seja ofertado para todas as gestantes, pelo menos no 1ª e 3ª trimestre de gestação ou em situações de exposições de risco.
As gestantes com diagnóstico de sífilis devem ser tratadas e acompanhadas adequadamente, assim como, suas parcerias sexuais, para evitar reinfecção após o tratamento.
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