Navegando pelo Complexo Mundo da Gastroenterologia: Conhecendo o Sistema Digestivo e Suas Complexidades
Navegando pelo Complexo Mundo da Gastroenterologia: Conhecendo o Sistema Digestivo e Suas Complexidades.
A gastroenterologia é uma especialidade médica que lida com as doenças do aparelho digestivo. Ela é dividida em duas áreas — a cirurgia do aparelho digestivo e a gastroenterologia clínica, da qual falaremos neste artigo que abrange algumas subespecialidades e áreas de atuação.
Para entender as áreas de atuação do gastroenterologista, conhecer o mercado de trabalho e saber mais sobre a residência médica em gastroenterologia, continue lendo!
O especialista em gastroenterologia e sua rotina
O gastroenterologista clínico, conhecido também como gastroclínico, divide a sua rotina em três partes:
- Consultas de ambulatório
- Acompanhamento de doentes internados
- Realização de procedimentos, especialmente os endoscópicos.
No Brasil, há a cultura de que as hemorragias digestivas e dores abdominais sejam avaliadas inicialmente por um cirurgião na emergência e, por isso, raramente o gastroclínico assume plantões de corpo presente.
Em geral, esse profissional fica na retaguarda à distância e avalia o paciente no dia seguinte ao procedimento. A exceção ocorre com o plantonista de endoscopia, que pode precisar dormir no hospital, a depender da demanda de exames.
O volume de trabalho depende de cada indivíduo e da subárea em que mais atua. Com isso, a qualidade de vida pode ser moldada. Quem tem o perfil de atendimento em consultório, por exemplo, consegue ter dias mais tranquilos.
Quem prefere atender em hospitais, deve estar sempre disponível e ter mobilidade para ir ao local de trabalho com mais frequência e aos finais de semana.
Quais as queixas mais comuns nos consultórios?
Nos consultórios, as queixas mais comuns são de dispepsia, doença do refluxo gastroesofágico, constipação intestinal, síndrome do intestino irritável e dores abdominais. Nos últimos anos, entretanto, a doença celíaca e a doença inflamatória intestinal têm tido expressivo aumento de incidência. Ambas são desafiadoras e podem fidelizar o paciente.
Para atuar bem em consultórios, o profissional precisa ter bom conhecimento de psicofarmacologia para manejo do doente e de nutrição, além de alguma estrutura para exame anorretal simples.
Já nos hospitais públicos, a maioria das ocorrências é de casos graves, envolvendo cirróticos descompensados, portadores de doença inflamatória intestinal em atividade e pacientes desnutridos com diarreia crônica. Nos privados, predominam diarreias agudas, diverticulites agudas não complicadas, dispepsias refratárias e investigação de dores abdominais.
Principais procedimentos realizados pelo gastroenterologista
A gastroenterologia é uma das especialidades clínicas mais intervencionistas, com uma série de procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Portanto, os especialistas devem ter afinidade com atividades manuais e certa habilidade psicomotora.
Os procedimentos mais desempenhados por esse especialista são:
- endoscopia digestiva alta;
- colonoscopia;
- retossigmoidoscopia;
- enteroscopia;
- cápsula endoscópica;
- colangiopancreatografia endoscópica retrógrada;
- manometria esofágica convencional e de alta resolução;
- manometria anorretal e biofeedback;
- pHmetria e impedanciometria esofágica de 24h;
- ultrassonografia de abdome superior;
- biópsia hepática transparietal;
- fibroscan;
- testes respiratórios (supercrescimento bacteriano, intolerância a lactose).
Mercado de trabalho
O Brasil tem 5.997 gastroenterologistas titulados, de acordo com a Demografia Médica no Brasil, divulgado em 2023. A maioria desses especialistas encontram-se trabalhando na região sudeste.
O início da vida profissional do gastroenterologista geralmente se dá em um grupo já estabelecido em algum hospital, acompanhando doentes internados, como acontece na maioria das especialidades clínicas.
A partir daí, é possível formar uma clientela própria, seja no hospital, em clínicas ligadas aos chefes da equipe ou até em consultórios próprios. A parte mais complicada é que recai sobre os exames de endoscopia, que exigem grande investimento inicial, além de algum renome para que sejam indicados pacientes.
O que é a diverticulite aguda?
Diverticulite aguda
A diverticulite aguda ocorre quando os divertículos, pequenas bolsas localizadas na parede do intestino, especialmente na última porção do cólon, inflamam e infeccionam.
Quando isso acontece, surgem sintomas como dor no abdômen, especialmente na parte inferior do lado esquerdo, náuseas, vômitos, febre, prisão de ventre ou diarreia. Nestes casos, é preciso procurar imediatamente um pronto-socorro para o tratamento e evitar complicações como a perfuração do intestino e a infecção do organismo, situação que pode gerar risco de morte.
Os exames realizados pelo médico para avaliar os sintomas podem ser o ultrassom e a tomografia de abdômen, além de exames de sangue que indicam a inflamação e infecção no intestino.
O tratamento para a diverticulite aguda pode ser com o uso de antibióticos, analgésicos e alterações na dieta. Nos primeiros 3 dias, será jejum ou líquida e, gradualmente, os alimentos sódios serão adicionados, tudo isso para não aumentar a pressão dentro do intestino. Quando os sintomas passarem, o paciente pode introduzir novamente alimentos ricos em fibras na dieta, como as frutas e vegetais frescos, tudo para evitar que os divertículos se inflamem novamente.
Dependendo da gravidade da inflamação e infecção, é possível que o tratamento tenha que ser cirúrgico.
O que pode causar a diverticulite aguda?
É causada por acúmulo de fezes e pedaços de alimentos mal digeridos no estômago, tais como sementes, dentro dos divertículos. Estes se inflam e infeccionam. Geralmente, a causa é multifatorial, incluindo idade acima dos 40 anos, sedentarismo, obesidade, tabagismo e, principalmente, dieta pobre em fibras.
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